Economia
O triplo desastre gerado pela tentativa de se impor uma igualdade econômica
O triplo desastre gerado pela tentativa de se impor uma igualdade econômica
Um inevitável resultado disso é a desigualdade econômica, a qual vários progressistas dizem ter de ser remediada por meio de políticas que levem à igualdade econômica.
Só que impor a igualdade econômica gerará, no mínimo, três efeitos enormemente destrutivos.
1. A igualdade econômica é equivalente à lei de causa e efeito no âmbito da produção.
Por exemplo, sob um ambiente de liberdade econômica, um indivíduo que produz duas vezes mais, ao mesmo tempo em que todos os outros continuam produzindo o mesmo, será capaz de usufruir duas vezes mais o fruto de seu trabalho, pois terá um rendimento duas vezes maior.
No entanto, se essa duplicação da sua produção tiver de ser dividida com os mais de 7 bilhões de habitantes do planeta, esse indivíduo, em vez de receber duas vezes mais como resultado da duplicação de sua produção, irá receber apenas a sétima bilionésima parte do dobro de sua produção (0,0000000001428) -- ou seja, em termos práticos, absolutamente nada.
Sob a liberdade que permite a desigualdade econômica, um indivíduo é capaz de aprimorar o bem-estar econômico seu e de sua família dramaticamente. Porém, quando uma política estipula que, para ele aprimorar o seu próprio bem-estar, ele tem de ser obrigado a aprimorar o bem-estar de toda a população na mesma intensidade, então ele nada pode alcançar.
É como ver um indivíduo com pernas fortes o bastante para caminhar, e então estipular que, se ele quiser caminhar, ele tem de ser obrigado a carregar o peso de toda a população do globo sobre suas pernas.
2. A desigualdade econômica é essencial para permitir que as pessoas menos capazes superem competitivamente as pessoas mais capazes.
Por exemplo, imagine dois trabalhadores, sendo que um é duas vezes mais produtivo que o outro. O que é necessário para induzir um empregador a contratar o trabalhador menos capacitado?
O trabalhador menos capacitado tem de estar disposto a -- e ser legalmente livre para -- trabalhar por um salário que seja menos da metade do salário do trabalhador duplamente mais capacitado. Nesse caso, o menos capacitado será menos custoso em termos de unidade produzida do que o mais capacitado.
Impor a igualdade econômica, ou qualquer outra medida que vá em direção à igualdade econômica -- como estipular um salário mínimo ou aumentar o salário mínimo -- irá impedir os trabalhadores menos capacitados de concorrer com o mais capacitado, e irá empurrá-los para o subemprego e para uma vida de pobreza permanente.
3. Impor a igualdade econômica aniquila com os enormes ganhos que o cidadão médio obtém em decorrência da maior riqueza de terceiros.
Em uma economia de mercado, a riqueza dos ricos não está na forma de dinheiro guardado na gaveta. Também não está em amontoados de bens de consumo dentro de suas mansões. A riqueza dos ricos está majoritariamente na forma de meios de produção: instalações industriais, maquinários, ferramentas, edificações, estoques, ferramentas de produção, equipamentos de escritório de uma fábrica ou de uma empresa qualquer.
Esses meios de produção, além de tornarem o trabalho humano mais eficiente e produtivo, produzem os bens e serviços que todas as pessoas consomem. Mais ainda: esses meios de produção demandam o emprego de mão-de-obra para utilizá-los, e essa mão-de-obra é vendida pelas massas em troca de salários.
Quanto maior a riqueza de empreendedores e capitalistas, maior será a produção e a oferta de bens e serviços. Consequentemente, maior será a demanda por mão-de-obra. A maior oferta de bens e serviços faz com que os preços caiam (ou subam menos do que subiriam em decorrência de toda a inflação monetária gerada pelos déficits do governo e pela expansão do crédito). A maior demanda por mão-de-obra faz com que os salários subam.
Salários mais altos e preços menores (ou estáveis) são a base para um crescente aumento no padrão de vida.
E isso só é possível quando se permite a desigualdade econômica.
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