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Economia

Propaganda - um fator de produção (Concurso IMB)

01/07/2022

Propaganda - um fator de produção (Concurso IMB)

Nota do IMB: o artigo a seguir faz parte do concurso de artigos promovidos pelo Instituto Mises Brasil (leia mais Não é suficiente comprar gasolina e coloca-lá no reservatório.  O empresário a coloca no reservatório de uma forma que o consumidor reconheça.  Fazer isso requer muito mais do que fabricação.  Requer mais do que escrever um livro, publicá-lo e tê-lo na prateleira da biblioteca.  Requer mais do que colocar algo num jornal, num anúncio classificado, e esperar que o consumidor o veja.  Você deve colocá-la na frente do consumidor de forma que ele veja. De outro modo, você não está fazendo seu papel de empresário.

A propaganda, para que o empresário possa maximizar seus resultados, deve ser mais do que informativa, ou seja, uma tela azul com letras brancas passando - que é o sonho de todos que são contra a propaganda -, pois na verdade ela só cumpre a sua função na sociedade quando é persuasiva.  Mises afirma que:

A propaganda comercial deve ser atrevida e ruidosa. Seu objetivo é atrair a atenção das pessoas mais lentas, despertar desejos latentes, induzir os homens a substituir a rotina tradicional pela inovação. Para ser bem-sucedida, a publicidade deve ajustar-se à mentalidade do público-alvo. Deve respeitar o gosto e falar a língua desse público.

Raramente, talvez nunca, na história do pensamento econômico, um economista falou tão favoravelmente sobre a instituição da propaganda.  Os economistas neoclássicos, se é que eles falam de propaganda, a atacam e exigem regulamentações severas ou banimentos para proteger, sem dúvida, os sentimento delicados de uns poucos escolhidos.  Os economistas de Chicago geralmente defendem a propaganda, mas não vão tão longe a ponto de defender a propaganda persuasiva.  Apenas os economistas austríacos defendem a propaganda, incluindo suas variedades persuasivas, como uma função empresarial legítima.

Devemos nos preparar para um horizonte negro pela frente para a publicidade e principalmente para a concorrência, pois a propaganda brasileira ostenta o título de ser a mais regulada de todo o mundo; isso sem contar as constantes ações do Ministério Público, além de o estado deter 60% da verba gasta com propaganda todo ano.  Some-se a isso a proibição de comerciais de cigarros, a restrição a remédios e a não tão distante proibição da divulgação de bebidas alcoólicas.

Assim, não é necessário censurar a imprensa, porque o estado já destruiu toda a sua confiabilidade ao comprar a maioria dos espaços publicitários - atacando assim a sua parte mais sensível: o bolso!

 

Referências

KIRZNER, Israel Meir. Ugly Market

KIRZNER, Israel Meir. Competição e Atividade Empresarial

KIRZNER, Israel Meir. Advertising

MISES, Ludwig von. Ação Humana

KIRKPATRICK, Jerry. In Defense of Advertising


Sobre o autor

Juliano Torres

É o presidente do partido Libertários, editor do portal Libertarianismo.com e autor do blog Preço do Sistema.

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